Alegria é fruto do Espírito posição de quem já venceu (Eliezer Rodrigues)

domingo, 26 de abril de 2015

Ética um ambiente cinzento na auditoria operacional.





Declaración número 1: responsabilidades, facultades y funciones de Auditoría Interna
Declaración número 1: responsabilidades, facultades y funciones de Auditoría Interna
Ética no processo de auditoria operacional.

Resumo

A auditoria é um ramo de envolvimento com todos os departamentos da organização que proporcionam aos colaboradores em diferentes níveis, dados e relatórios verídicos obtendo informações importantes para a tomada de decisão e alcance da eficácia corporativa. Os demonstrativos contábeis e financeiros com, transparência sobre os fatos, servem de prova cabal na tomada de decisões e diretrizes estratégica. Entretanto é fundamental que os auditores desenvolvam sua atividade de forma ética. O auditor se depara em seu fazer cotidiano com dilemas que são exigidos julgamentos e escolhas pautadas no dever, direito, justiça, responsabilidade, consciência e vocação, por isso é de extrema importância o estudo da ética na formação e atuação do auditor. Este artigo tem o objetivo de apresentar como a auditoria e a ética profissional tendem a mitigar os riscos nos processos evitando a ocorrência de erros e fraudes nas empresas, ressaltando a importância do papel que esses dois elementos desempenham nas organizações e para a sociedade de forma geral, proporcionando transparência e segurança.








Palavras-Chave: Auditoria, Código de Ética, Conduta, Ética Profissional


INTRODUÇÃO:
As funções de auditorias têm estado em um momento de procura e implantação nas empresas, momento este definido pela necessidade de mais controle e planejamento. As mudanças econômicas, culturais e sociais que ocorrem no Brasil e nos demais países desenvolvidos e emergentes, solicitam uma mudança no perfil das empresas em relação à implantação dos controles internos pela auditoria. Pois, atualmente, as empresas pela sua cultura ainda cria resistência para a funcionalidade deste departamento. A oferta de serviços de auditoria é bastante diversificada, contêm desde o tradicional serviço de certificação das demonstrações contábeis como fundamentado num profundo conhecimento dos negócios verificando processos, pessoas e sistema do processo de gestão da corporação. E também, são analisados os riscos aos quais está sujeito, passando por uma gama de serviços direcionados para empresas de médio e pequeno porte até serviços de auditoria ambiental que compreendem grandes empresas e multinacionais.
Referentes aos demonstrativos contábeis e financeiros tornaram-se uma ferramenta imprescindível nas organizações, sendo difícil uma empresa atingir o sucesso sem a utilização das informações gerenciais fornecidas pelo sistema contábil-financeiro. Porém, os benefícios fornecidos por essas informações, podem ser prejudicados pela utilização de forma equivocada caso os dados sejam manipulados pelos gestores. Isso leva ao uso inadequado das demonstrações financeiras, com o intuito de apresentar unicamente o lucro, sem refletir sobre o quanto esta atitude poderá colocar em risco de ameaça a corporação. Esse pode ser um dos principais motivos de ineficiência e ineficácia do modelo de gestão implantado em empresas que recorrem ao uso inadequado dos dados.
 Nesse contexto as organizações são mais suscetíveis a desfalques e fraudes atingindo às vezes falência. Deste modo, o artigo se justifica pela urgência de se entender as fraudes e negligências ocorrem e podem causar às empresas e à sociedade a descontinuidade das organizações, o desemprego e as crises econômicas. Tendo como um dos principais fatores para se indagar a falta de ética na gestão e execução dos procedimentos administrativos, inclusive o da auditoria que tem a função da busca da conformidade do fluxo de trabalho estabelecido. Ou seja, a realização da auditoria está intimamente ligada à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer a sua profissão. O fazer se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes e procedimentos que deve assumir no desempenho de sua profissão.
O parecer do auditor deve obedecer a critérios éticos, se apoiando nas verdades declaradas que os documentos lhe oferecem. Os auditores devem seguir normativas, estas estão relacionadas com o que chamamos de valores morais, não basta seguir as normas técnicas, há necessidade do exercício da ética, os auditores são responsáveis não só perante a administração da organização a que prestam serviços, mas também perante muitos usuários das atividades dessa organização: O mercado, a sociedade, etc. O auditor possui responsabilidade sobre os relatos, mesmo quando a expressão da solicitação de se opinar seja sobre pequenos fatos.
A formação e atuação ética do auditor são fundamentais para o cumprimento do seu objetivo, colocando em risco os resultados quando há falta da ética em sua atividade. A seleção e recrutamento do auditor é pressuposto básico para garantir que o processo de formação desse profissional possa ocorrer dentro dos parâmetros éticos.
Para atender ao objetivo de mitigação de riscos no processo pela forma ética de condução dos processos de auditoria, se propõe a revisão bibliográfica sobre o tema que subsidiara a análise empírica dos dados levantados por meio de três entrevistas de dois gerentes de auditoria e um auditor pleno. Esses dados serão tratados a partir de analise de categorias qualitativas desdobradas de referencial que sustenta esse artigo.

A ÉTICA
O padrão sobre ética no cenário atual tem sofrido inversão de valores, quando a ética e a moralidade são praticados recebem lugares de destaques e há condecorações de mérito pela atitude. O que deveria ser a normalidade e o padrão da sociedade tem se tornado a exceção comportamental do ser humano no meio em que vive. Diante disso, será verificado o significado da ética e um comparativo com a ética profissional.
“Vivemos hoje grave crise mundial de valores. É difícil para grande maioria da humanidade saber o que é correto e o que não é. Esse obscurecimento do horizonte ético redunda numa insegurança muito grande na vida e numa permanente tensão nas relações sociais que tendem a se organizar ao redor de interesses particulares do que ao redor do direito e da justiça”. (BOFF, 2014, pp. 27).
Quando se pensa em ética a primeira concepção que se tem que é derivada do grego ethos, e depois foi traduzida para o latim como mos; mores que significa moral, na qual foi inserida no vocabulário brasileiro com, ética que tem como significação “parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral”. Conclui-se que etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas. A moral, como sinônimo de ética, pode ser entendida como o conjunto das normas que, em determinado meio, objetivam a aprovação para o comportamento dos homens. A ética, como significado único do pensamento correto, remete a ideia da universalidade moral, ou ainda, o modelo ideal universal do comportamento humano, expressado em princípios e valores aprovados para todo pensamento normal e sadio de um ser humano correto. Ou seja, os princípios de conduta que norteiam um indivíduo ou grupo de indivíduos. (LISBOA, 1997, p.24).
Com outra visão, Boff (2014), menciona a importância dessas duas definições considerando a ética como princípios e valores que orientam pessoas e sociedades. E a moral, como a pratica real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores culturalmente estabelecidos. Porém, são definições abstratas porque não mostram o processo como a ética e a moral, efetivamente surgem.
Assim, evidencia-se que esse significado se refere à forma comportamental das pessoas em seu local de trabalho ou no cotidiano particular, averiguando como se comportam e se esse comportamento é adequado para o ambiente social.
Nesse mesmo sentido, Franco e Marra (1992, p.90), apresentam características fundamentais de requisitos morais a respeito da ética, sendo eles:
● Integridade;
● Idoneidade;
● Respeitabilidade;
● Caráter ilibado;
● Padrão moral elevado;
● Vida privada irrepreensível;
● Justiça e imparcialidade;
Diante dos itens apresentados, fica evidente a presença da ética em vários segmentos da vida do homem, ela está composta em todos os ambientes, seja no social, político, cultural entre outros e em nossos convívios profissionais e particulares, mas poucas vezes encontramos as condutas destes princípios sendo utilizadas e aplicadas no ambiente que se encontra inseridas.

ÉTICA PROFISSIONAL
A profissão, como prática habitual no exercício laborativo, proporcionam uma relação entre necessidade e utilidade, no âmbito pessoal, exigindo uma conduta específica para o sucessos de todas as partes envolvidas.
Assim, a ética tem como função relatar, analisar e descrever o comportamento das pessoas, com o objetivo de compreender a adequação do comportamento no ambiente inserido.  Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social, que analisada no ambiente corporativo, gera melhora no clima entre os colaboradores apresentando resultados intangíveis da empresa. É imprescindível a ética para o bom funcionamento do processo de auditoria, tendo os valores e procedimentos aplicados no modelo de gestão, como geradores de transparência e confiança para os funcionários e sociedade local.
“A ética profissional é de grande valia em todas as profissões, notadamente na de auditor, que tem em suas mãos grande responsabilidade, pois mediante seu serviço é possível conhecer todas as irregularidades, erros, falhas dentro do grupo de empresas, conhecendo o responsável hierárquico e executores das rotinas que originam estas informações”. (CREPALDI, 2002, p.65)
            Sá (2014), entende que o conceito profissional é a evidência, perante terceiros, das capacidades e virtudes de um ser no exercício de um trabalho habitual de qualidade superior. Juntamente, com essa visão, o valor profissional deve acompanhar-se de um valor ético para que exista uma integral imagem de qualidade.
            Em suma, a profissão pode se destacar e ter relevância no âmbito social, pela ação correta e competente, porém, perder todo seu valor, por uma conduta inconveniente, com a quebra de princípios éticos.

 

            AUDITORIA OPERACIONAL

            Auditoria operacional é composta por um conjunto de normas e procedimentos que visam avaliar as atividades operacionais executadas pela organização. A auditoria revelará as não conformidades das atividades e procedimentos e esse apontamento servirá de base para que o administrador busque as soluções cabíveis para cada uma das não conformidades.
Com a importância da auditoria operacional, diversas definições surgem.
Attie (2009) define que a auditoria operacional é uma função independente de avaliação, criada para examinar e avaliar as atividades da empresa, ela auxilia os membros da administração a desincumbirem-se eficazmente de suas responsabilidades. A auditoria deve fornecer análises, avaliações, recomendações assessoria e informações relativas às atividades examinadas.
Para Sá (2007) a auditoria operacional é o exame do desempenho administrativo, onde procura julgar o controle administrativo visando um desempenho adequado da organização, busca aprofundar-se no conhecimento de uma gestão competente que está preocupada com o patrimônio e como ele atua.
Segundo o Escritório do Auditor-Geral do Canadá (OAG), a auditoria operacional é “o exame e avaliação das operações com a finalidade de informar à administração se as várias operações estão sendo executadas em conformidade com as normas estabelecidas. Inclui uma avaliação da eficiência dos procedimentos operacionais.”.
A Portaria nº. 63/96 do Tribunal de Contas da União apresenta a seguinte definição para a auditoria operacional: “auditoria que incide em todos os níveis de gestão sob o ponto de vista da economia, eficácia e eficiência, nas fases da programação, execução e supervisão”.
A auditoria operacional nos revela as falhas cometidas, ela tem como função de direção “analisar e apreciar, com vistas às eventuais ações corretivas, o controle interno das organizações para garantir a integridade de seu patrimônio, a veracidade de sua informação e a manutenção da eficácia de seus sistemas de gestão” (RAMIO e MAS, in ARAÚJO, 2006, p. 34).
Conforme Boynton, Johnson e Kell (2002) para o pleno entendimento da essência da auditoria operacional é preciso conhecer por partes alguns processos fundamentais.
Processo sistemático: Como na auditoria de demonstrações contábeis, uma auditoria operacional envolve uma série organizada, estruturada e lógica, de etapas e procedimentos. Planejamento adequado, obtenção e avaliação objetiva de evidencias relacionadas com a atividade que está sendo auditada também faz parte desse processo.
Avaliação de operações de uma organização: A avaliação de operações deve ser baseada em critérios previamente existentes ou sobre os quais se estabeleça considerável conhecimento. Os critérios assumem a forma de desempenho estabelecida pela administração e usualmente são menos claramente definidos que os aplicados em auditorias contábeis. A auditoria operacional mede o grau de correspondência entre o desempenho real e os critérios pré-estabelecidos.
Eficácia, eficiência e economia de operação: a auditoria operacional tem a finalidade de auxiliar a administração da organização a melhorar a eficácia, a eficiência e a economia de suas operações. Ela focaliza o futuro, ao contrário da auditoria nas demonstrações contábeis, que avalia o passado.
Relato a pessoas adequadas: O parecer de uma auditoria operacional é destinado à administração, pessoa ou agência que a encomendou. Uma cópia do parecer é encaminhada ao conselho de administração e ao comitê de auditoria.
Recomendações para aperfeiçoamento: Em contradição com o que é feito em uma auditoria de demonstrações contábeis, a auditoria operacional não se encerra com um relatório do que nela foi verificado e sim com um relatório contendo as recomendações para aperfeiçoamento das operações da organização.
Podemos citar como objetivo da auditoria operacional o aumento de receitas, melhorias do desempenho dos procedimentos, diminuição de desperdício e práticas ineficientes, antieconômicas, ineficazes e abusivas, redução de custos, melhoria nos controles, racionalização dos procedimentos, incremento do resultado entre outras.
Haller (1985 apud Araújo 2006) menciona que a auditoria operacional abarca uma gama de trabalhos de auditoria com tendência natural à divisão em duas áreas principais, auditoria de eficiência e economia e auditoria de eficácia. As auditorias de eficiência e economia se concentram na melhoria do uso dos recursos, mediante redução dos custos e com o aumento da produção. A auditoria de eficácia avalia como se cumpre uma atividade, em relação aos seus objetivos ou a parâmetros de desempenho apropriados.
Conforme Attie (2009) para que o trabalho da auditoria operacional tenha qualidade na organização é necessário que esteja firmemente amparada, de um lado na aceitação dos administradores e de outro lado, pela execução de um serviço continuo e imaginativo que o auditor possa oferecer à administração.
O auditor e o administrador precisam estar cientes de que permitir um trabalho técnico, conclusões e recomendações podem permanecer imponentes se ignoradas, mesmo que o parecer da auditoria tenha sido cuidadosamente preparado.
Havendo qualidade adequada na organização, o suporte da administração da organização fornece ao trabalho e ao relatório do auditor força e efeito. Serviços conscientes e inovadores para a tomada de decisão dentro da empresa descobrem novos trabalhos para a auditoria e fornece ao auditor a chave para abrir as portas de qualquer área da empresa.
Quando a administração se acostumar com as novas formas de relatórios e diagnósticos, ela se tornará dependente desses resultados e tornará a usá-lo com muita frequência.

MODELO DE GESTÃO NA AUDITORIA OPERACIONAL

            Padovese (2009), entende que, as crenças e valores são conceitos que constituem a formação da cultura organizacional, interagindo e implantando o início do modelo conceitual a ser adotado para gerir a empresa, classificado como modelo de gestão.
            O modelo de gestão é formado por:Processo de gestão do sistema da empresa: planejamento, execução, controle.
·         Avaliação de desempenho de áreas e de gestores: responsabilidade por resultados das áreas de responsabilidade.
·         Processo decisório: centralizado ou descentralizado.
·         Comportamento dos gestores: motivação e empreendedorismo.
Conforme Padovese (2009, p. 26) “o modelo de gestão pode ser definido como o conjunto de normas e princípios que devem orientar os gestores na escolha das melhores alternativas para levar a empresa a cumprir sua missão com eficácia”.
Dentro da organização o modelo de gestão é expresso através de um processo que permite a ordenação da administração da organização para o fluxo dos processos de tomada de decisão, em todos os planos e níveis, esse processo é denominado processo de gestão. (PADOVESE, 2009)
“Processo é a sucessão de estados de um sistema, que possibilita a transformação das entradas do sistema nas saídas objetivas pelo mesmo sistema”. (PADOVESE, 2009, p. 27).
O processo de gestão tem como objetivo auxiliar a organização a alcançar seus resultados dentro de um conjunto coordenado de diretrizes, para que assim consiga alcançar suas metas e objetivos apresentados na visão da empresa (PADOVESE, 2009). Ele auxilia a organização no planejamento, na execução e no controle das atividades.
No processo de gestão o planejamento é dividido em dois, o planejamento estratégico onde a organização formula ou reformula suas estratégias empresariais, dentro da visão específica da organização; e o planejamento operacional onde são definidos os planos, políticas e objetivos operacionais da corporação.
Após o planejamento realiza-se a execução do processo de gestão, onde são colocadas em práticas as diretrizes levantadas no planejamento. E o controle é a última parte do processo de gestão, onde é avaliado o grau de adesão entre os planos traçados e os objetivos alcançados, sendo também analisadas as causas dos desvios, quando ocorrerem.
            A auditoria operacional está inserida no processo de gestão, pois assim a auditoria operacional o processo de gestão procura auxiliar a administração da organização a alcançar seus objetivos, utilizando-se de normas e procedimentos que avaliam e controlam as operações das empresas. O processo de gestão mais indicado para representar a auditoria operacional é composto da seguinte forma:
Crenças e valores: é um conjunto de crenças e princípios que orientam as ações e atividades da empresa.
Missão: consiste no propósito da empresa, são as atividades que a empresa executa sua diferenciação e seu papel em relação aos concorrentes, as conquistas que pretende alcançar.
Características do negócio: é descriminada através das atividades que a empresa executa, é o ramo de atividades da empresa.
Variáveis ambientais externas: são variáveis decorrentes de operações, são os concorrentes, fornecedores, clientes diretos.
Diretrizes organizacionais estratégicas: todas as estratégias organizacionais utilizadas pela organização como diretrizes de gestão.
Variáveis ambientais internas: são os valores da empresa e os proprietários e funcionários. Geralmente esses aspectos são analisados através da cultura organizacional da empresa.
METODOLOGIA
Após a exposição dos objetivos desta pesquisa e ao refletir que o tema é contemporâneo nas corporações, sua abordagem se apresenta de natureza bibliográfica, qualitativa e caráter exploratório (CRESWELL, 2007).  Foi definido como objeto de estudo a ética na auditoria.
Para atender ao objetivo de pesquisa que se caracteriza como estudo qualitativo que será descrito o procedimento metodológico:
Revisão de literatura com base em artigos em periódicos qualificados (base de dados, periódicos,dissertação e teses, livros de referências na área, literatura clássica e contemporânea) para suportar o referencial teórico do estudo.
Pesquisa de campo, exploratória, explicitar no procedimento metodológico. Sendo realizado três entrevistas em três níveis diferentes de auditoria: 1) diretor de auditoria com mais de 30 anos de experiências; 2) Gerente de auditoria com 10 anos de experiência e 3) uma auditora plena com três anos de experiências. Explicitar no procedimento metodológico:
·         Elaboração de roteiro semi dirigido com base na literatura sobre o tema e objetivo de pesquisa.
·         Entrevista com uso de gravador com autorização do entrevistado.
·         Descrição literal das entrevistas.
·         Leitura das entrevistas para identificar os trechos de entrevistas em núcleos temáticos em categorias analíticas.
·         Elaboração de núcleos temáticos com as convergências dos trechos das entrevistas.
·         Elaboração de quadro de síntese com as categorias analíticas e as respectivas partes e trechos ou unidade de sentido que convergem para mesma.
Dessa forma, analisou-se a posição e percepção de cada profissional da auditoria e sua funcionalidade diante da ética na execução do seu papel de trabalho. Corroborando em partes com o relatado pela doutrina.

ÉTICA NO TRABALHO DE AUDITORIA
A auditoria tem a sua importância pois, na visão contábil confere se todas as receitas, custos e despesas estão atribuídos a um certo período estão devidamente comprovados e contabilizados, avaliando procedimentos contábeis e verificando a sua autenticidade, a fim de promover a eficiência e a eficácia da organização, evitando irregularidades, fraudes e desvios financeiros. Na visão operacional não é diferente, as análises são voltadas aos processos, procedimentos, normatização interna se estão sendo realizadas conforme o modelo de gestão pré-estabelecido. E a união desses dois fatores ocorre a redução dos riscos corporativos, que regado de ética tem sua funcionalidade e exercício em seu melhor desempenho.
 É neste contexto que afirmamos que não é dado o devido valor pela grande maioria da sociedade sobre os trabalhos executados pelo auditor, por estar ligado a atividade meio e não atividade fim, são interpretados pelos empresários como um acessório a gestão não estando vinculado com o principal.
A ética como ferramenta fundamental da auditoria é estar em harmonia com o pensamento é não deixar que fatos estranhos à matéria auditada influenciem na execução dos trabalhos, com o intuito de beneficiar a terceiros. Após estas análises, fica evidente que a responsabilidade pelo respeito à ética por parte dos Auditores é fundamental para a plena execução das suas atividades com o devido profissionalismo que estes trabalhos necessitam.

Quadro 1: Ética na auditoria interna.

DIRETOR DE AUDITORIA
GERENTE DE AUDITORIA
AUDITOR PLENO
POSICIONAMENTO ÉTICO DA AUDITORIA
1) O posicionamento ético dirigi determina os resultados dos processos de auditoria, para executar o trabalho de auditoria é necessário a competência com zelo profissional na realização da funções delegadas.
2) O zelo profissional e a competência será o diferencial da auditoria em seus resultados. Esses dois itens são questões éticas que trará resultado tangível ao relatórios de auditoria.
1) O posicionamento ético é subjetivo, o que é ética para uma pessoa pode não ser para outra pessoa. Em relação ao resultado, o excesso da ética e o cumprimento exato dos processos pode ser prejudicial em seu fechamento a ética tem que estar ligado diretamente a política corporativa subjetiva da organização. O que pode parecer ser ético para o auditor pode não parecer estar sendo ético para o stakeholder. O que se pode estar se pautando pela ética para poder entender que aquilo é de um resultado de trabalho aquilo pode não parecer ético.
2) É preciso combinar ética e uma navegação política absurda dentro da companhia para que se consiga atingir resultados. Então os resultados que se podem mensurar de um posicionamento ético é um posicionamento ético alinhado a navegação política, quando se menciona navegação político é habilidade política de se movimentar dentro da corporação para que os processos de auditoria não seja interrompido.

1) Uma conduta ética pode trazer qualidade ao trabalho de auditoria solicitado pelas empresas e reduzindo os riscos nas falhas do processos. O comportamento ético trás confianças dos proprietários e dos colaboradores auditados gerando um senso de melhoria continua e não de demissão em massa por erros cometidos.
2) Resultados comprovado e apoiado pelo conselho deliberativo é resultado conquistado pelos princípios éticos.
ÉTICA E MITIGAÇÃO DE RISCOS
1) Os princípios básicos fundamentais da ética como integridade, objetividade, competência, zelo profissional, confidencialidade, comportamento profissional esses princípios se colocados em pratica mitigam os riscos de um processo de auditoria.

1) Para diminuir os riscos no processo de auditoria, pautado pela ética, um dos principais pontos em relação a ética é a descrição e discrição sobre o que esta sendo visto e auditado. As informações devem ser documentadas e sigilosas se colocado esses dois conceitos como prioridade os riscos de insucesso diminuem consideravelmente.
1) Quando está realizando um processo de auditoria ele envolve diversa áreas e pessoas, para mitigar os riscos há necessidade de assistentes e parceiros qualificados dando parecer de outras áreas. Esses pareceres devem ser checados fontes e informações no processo de auditoria. Há participação e conferência do processo de auditoria é a principal ferramenta para redução de risco de insucesso.
2) O fazer parte do processo como elemento cumprindo os princípios éticos da competência, comportamento e zelo os riscos diminuirão e muito.

CARACTERÍSTICAS DO CANDIDATO A AUDITORIA
1) É exatamente o que vem de encontro aos princípios você tem que ser honesto, profissional mas não adianta ser você tem que parecer honesto você tem que deixar transparecer que você é profissional.
1) O auditor é um profissional solitário são pessoas mais introspectivas com poucos amigos, fala pouco, até a forma de se vestir é diferente da maioria, o auditor tem que entender que a profissão que ele escolheu não vai trazer muitos amigos ele vai ser sempre uma pessoa solitária, não muito bem remunerado, também porque não faz parte das áreas chaves da organização ele está focado nas atividades meio é muito importante para organização mais seu foco é atividade meio o que o empresário tem como prioridade. O auditor tem que ter um caráter muito ilibado, e também admirado a postura ríspida pode ser notado mais o caráter nunca questionado. O caráter produz a ética.

1) A formação comportamental está ligado a ser questionador, curioso, de conhecer processos e fluxogramas do início ao fim, ser correto e incorruptível esses é o mínimo para ser um auditor.
FORMAÇÃO DO AUDITOR INTERNO
1) A formação do auditor não é apenas educacional, pois hoje em dia auditor interno não se prende só a parte contábil não necessariamente é um contador. Então a formação de um auditor interno esta ligado muito a área de atuação que é muito ampla.

1) Primeiro o auditor tem que ter domínio de números e analise tem que ter uma visão analítica muito interessante e tem que vir até de uma formação de vida de aptidão.Formação acadêmica deveria ser a contabilidade, administração com ênfase em controladoria e gestão falando de auditoria interna de empresa se fosse externa ou pública seria interessante a formação jurídica. O bom auditor deve ter o curso básico de bacharel ou tecnólogo é essencial uma pós graduação em auditoria e controladoria, se possível um mestrado é muito importante a formação do auditor pois se torna mais critico aos trabalhos realizados dele mesmo.

1) A formação do auditor deve estar ligados a diversas áreas que irá atuar, atualmente se atual em áreas multifuncionais assim o auditor deve ter um raciocínio lógico, analista e exato os cursos que tem proporcionado essas características são engenharia, economia, administração, contabilidade, direito entre outros, ser conhecedor das leis dos processos, dos modelos de gestão é fundamental para a pré seleção do auditor.
COMO IDENTIFICAR BONS AUDITORES
1) buscar o candidato com a competência profissional aliado os princípios da ética bem destacado, o candidato não tem que apenas ser ético tem que transparecer a ética. Ele não tem que ser honesto tem que transparecer honesto. Não ser integro e objetivo apenas mas transparecer isso. Fermentas através das análises para selecionar o auditor e também com auxílio de um profissional da área de recrutamento com a interferência de um profissional da área de psicologia. Na entrevista final a experiência de 30 anos de auditoria proporciona analisar contradições e mentiras o que faz eliminar alguns candidatos.
1) Tudo que se fala em recrutamento e seleção tem muita fantasia, nenhuma ferramenta identifica 100% o perfil de uma pessoa. A experiência na auditoria proporciona identificar talentos para determinada situações e determinados tipos de trabalho e funções que estão ligados a capacidade de reagir a perguntas tudo que se fala de ferramentas é subjetivos. Atualmente existem muitas ferramentas de analise e entrevistas mas o mais importante hoje é usar a tecnologia. Pesquisa em redes sociais e o seu desenvolvimento publicado em internet deve ser levado em considerações.


1) Um auditor tem que ter em primeiro momento deve ter compostura, pessoas carismáticas, brincalhona ou desinibida são características identificados na entrevistas que devem ser descartadas para a auditoria. No conversar de forma informal se identifica o perfil para auditoria ou não. Nos processos de seleção para formação entendo que o conhecimento do candidato fora da empresa e de fato conhecerá seu real perfil sobre seriedade, foco, e lógica é um bom indicio para ser auditor. Dinâmicas e entrevistas são outros processos que entendo viável para análise do candidato.

PRINCÍPIOS OBRIGATÓRIOS NA AUDITORIA
1) Como citado anteriormente os princípios citados do código de ética
Integridade; objetividade; competência; zelo profissional; confidencialidade e comportamento profissional, não bastando ser tem que ser esses princípios, são os principais e primordiais. A ética vai balizar a carreira do auditor.

1) Transparência, digo nunca ocultar nada usando uma frase popular “doa a quem doer”, princípios ligados a formação família, formação pessoal de vida, é a discrição o sigilo além disso podemos falar dos princípios como boa formação acadêmica para questionar alguns pontos a capacidade de ouvir poderia também a capacidade de receber feed. back, facilitando corrigir o curso da verdade. Todo ser humano tem a sua verdade só que a minha verdade pode ser mentira para você e a sua verdade mentira para mim.

1) Caráter, honestidade, sinceridade, sigilo, profissionalismo, fidelidade nas informações apresentadas e incorruptível.

Fonte: Autoria própria.


            Após pesquisa realizada em campo, constatou-se, que de fato a ética gera resultados, o procedimento e princípios corretos pautado na ética apresentam valores tangíveis significativos. Identificou-se também resultados operacionais e valoração intangível da corporação como a seriedade e credibilidade em relação aos produtos ou serviços oferecidos. Um fato marcante é o mencionado pelo gerente de controladoria e auditoria quando menciona que   a ética em sua integralidade quando colocada em pratica pode ser prejudicial a organização, pois os princípios éticos se não estiver ligados as políticas da alta gestão da corporação poderá ser prejudicial nos papéis de trabalho da auditoria.
            Referente a redução dos riscos no processo da auditoria operacional são reduzidos quando norteados pelos princípios da ética, previamente eliminam, reduzem e preveem possíveis erros que poderiam acontecer.
            Outro fato importante, é a incapacidade e dificuldade no recrutamento de auditores, pois os próprios gestores de auditoria encontram dificuldades para analisar e identificar de fato um profissional que possui características ideais da profissão de auditor operacional.
            Concluindo, a ética na pratica deve estar ligada aos valores e interesses dos donos das empresas alinhada com os objetivos da empresa, e dentro dessa linha montar os procedimentos éticos. O diretor de auditoria conclui com a frase “não basta ser ético tem que parecer ser ético para todos os colaboradores”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A auditoria operacional é uma prática nova no Brasil que visa a avaliação do desempenho de todos os procedimentos e atividades executadas e tem o intuito de auxiliar a administração das organizações na gestão empresarial, nas tomadas de decisão, proporcionando recomendações para promover melhorias em toda a empresa.
Utilizada como um modelo de gestão dentro da entidade a auditoria torna-se uma ferramenta de gestão indispensável, uma diretriz para estratégias operacionais, pois ultrapassa os aspectos financeiros, adentrando-se nas questões de economia, eficácia e eficiência.
Atualmente as companhias que praticam os procedimentos de auditoria são empresas de grande porte, como por exemplo, as multinacionais. Nas corporações onde a administração tem forte influência de uma cultura organizacional conservadora, não existe a prática da auditoria operacional, devido os valores e crenças fortemente implantados nesse tipo de organização, geralmente entidades de pequeno porte e com administração executada pelos familiares.
Neste modelo de auditoria, os princípios éticos são os agentes impulsionadores para os resultados serem verídicos, rápidos, confiantes e gerarem informações para tomada de decisão da alta administração.
A ética deve estar alinhada com a política corporativa, cultura organizacional e a forma de comunicação de expressar a todos os níveis administrativos que os procedimentos são éticos.
O mercado e a concorrência existente, exige produtos e serviços de qualidade juntamente com transparência no processo, além de a uma gestão que proporcione a conscientização para o aprimoramento continuo e eliminação de toda e qualquer falha ou desperdício existentes nos processos. 
Com os estudos realizados houve evidências que a auditoria quando implantada proporciona benefícios nas corporações, quando pautado de princípios éticos a qualidade das informações e dos resultados são superiores aqueles não regidos pela ética.
Deve-se difundir cada vez mais à ética entre as pessoas, e principalmente na categoria de auditores internos, para melhoria: das corporações; da sociedade de forma geral e organização das entidades.


REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:
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SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9 Ed. – 6 reimp. São Paulo, SP: Atlas, 2014.

SÁ. Antonio Lopes. Curso de auditoria. 10. ed. São Paulo, Atlas, 2007.

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